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- (FUNIVERSA 2009)
Na queda-de-braço entre chavismo e oposição, ambos os lados personalizam na figura do presidente sua discordância diametral sobre os rumos que o país deve tomar. Por trás da figura do coronel paraquedista transformado em chefe de Estado está um projeto de contornos vagos, mas com um sentido geral claro: socialismo bolivariano, uma mescla de estatismo distributivista com nacionalismo antiamericano.
O empenho de Chávez em assegurar-se o direito de renovar o mandato indefinidamente sugere insegurança: a revolução não teria pernas para seguir em frente sem o líder. De maneira análoga, os opositores do projeto chavista parecem ver no presidente um obstáculo cuja remoção seria indispensável para reverter a marcha socializante.
Silvio Queiroz. Duelo de espelhos. In: Correio Braziliense, 15/2/2009, p. 18.
Esse texto foi publicado no dia do referendo realizado na Venezuela, a respeito da possibilidade de reeleições sucessivas para os principais cargos executivos do país, cujo resultado foi favorável ao presente Hugo Chávez. Tomando- o apenas como referência inicial, assinale a alternativa correta.
A) Maior produtor de petróleo do hemisfério ocidental, a Venezuela é grande fornecedora daquele produto aos Estados Unidos. Portanto, as disputas diplomáticas entre o ex-presidente George W. Bush e Hugo Chávez encontravam-se inseridas em um quadro de fortes laços econômicos.
B) A exemplo de Hugo Chávez, outros governos sul- americanos, como Evo Morales, Rafael Correa e Michele Bachelet anunciaram que pretendem realizar, brevemente, referendos com o objetivo de tentar estender sua permanência no poder.
C) No ano de 2008, a Venezuela realizou, em áreas próximas ao seu litoral, manobras navais conjuntas com a marinha da Rússia. Considerando-se que Rússia e Estados Unidos tiveram alguns atritos em períodos recentes, como no caso da invasão da Geórgia por tropas russas, é possível afirmar que as manobras militares estão relacionadas ao "nacionalismo antiamericano" citado pelo jornalista.
D) As excelentes relações diplomáticas que o governo Chávez sempre manteve com a Colômbia contribuíram de maneira significativa para a intermediação venezuelana no conflito Colômbia-FARC, resultando na libertação de diversos reféns.
E) Tendo assumido o poder por meio de um golpe, o atual mandatário venezuelano implementou um regime personalista e autoritário, lembrando velhos caudilhos que fizeram história na América Latina, como Getúlio Vargas, no Brasil, e Juan Domingo Perón, na Argentina.
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