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PortuguêsInterpretação de textos (6)


EXERCÍCIOS - Exercício 436

  • (FCC 2012)

Atenção : A questão a seguir refere-se ao texto que abaixo.
Uma variedade de motes antigos proclama que nenhum princípio estético é capaz de especificar o belo e o feio de modo a todos contentar. “A beleza”, dizem-nos, “está nos olhos de quem a contempla.” Gosto não se discute, em suma – uma observação suficientemente antiga para possuir um original em latim e suficientemente universal para hoje contar com versões mais atualizadas no jargão popular.
A ciência, em contraste, seria supostamente um empreendimento objetivo, dotado de critérios comuns de procedimentos e padrões de evidenciação que deveriam levar todas as pessoas de boa vontade a aceitar uma conclusão documentada. Evidentemente, não nego que há uma diferença genuína entre estética e ciência nesse aspecto, pois nós descobrimos efetivamente – como um fato do mundo exterior, não como uma preferência de nosso psiquismo – que a Terra gira em torno do Sol e que a evolução ocorre, mas jamais chegaremos a um consenso acerca de Bach ou Brahms ter sido o melhor compositor (e nenhum profissional do campo da estética faria uma pergunta tão tola).
Por outro lado, também não refutaria a possibilidade de que a preferência pessoal, o cerne do juízo estético, desempenha um papel-chave na ciência. Sim, é verdade que o mundo é indiferente às nossas esperanças – o fogo arde quer queiramos ou não. Mas os nossos modos de apreender o mundo são altamente influenciados por nossos preconceitos sociais e pelas maneiras de pensar que cada ciência aplica a qualquer problema. O estereótipo do “método científico” plenamente racional e objetivo, segundo o qual os cientistas são individualmente tão lógicos (e intercambiáveis) quanto robôs, não passa de um mito criado em interesse próprio.
(Adaptado de Stephen Jay Gould. Dinossauro no palheiro . Trad. de Carlos Afonso Malferrari. S.Paulo: Cia. das Letras, 1997. p.123)

Atente para as afirmações abaixo.

I. No primeiro parágrafo, observa-se o quanto é difundida a noção de que em estética tudo é relativo.

II. No segundo parágrafo, a ciência é contraposta à estética, para mostrar o rigor de procedimentos formais indiscutíveis face à inutilidade das discussões sobre o belo.

III. No último parágrafo, o autor refuta a tese de que a imparcialidade e a isenção dos métodos científicos nada mais são que um mito.

Está correto o que se afirma em




A) I e II, apenas.

B) III, apenas.

C) I, apenas.

D) I, II e III.

E) II e III, apenas.


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