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- (SPDM 2014)
TEXTO
CORRELAÇÕES ESPÚRIAS
José Paulo Kupfer, O Globo, 11/07/2014
Não bastasse a eliminação da seleção brasileira por um resultado humilhante, resta ter de conviver com as tentativas de uso político do desastre e de vinculá-lo à complicada situação da economia. Essas articulações, de um reducionismo lógico constrangedor, são comuns no país do futebol, sobretudo nos momentos como os de Copas do Mundo, em que a pátria calça chuteiras. Mas nem por isso fazem sentido e muito menos contribuem para que os verdadeiros problemas extracampo sejam devidamente diagnosticados e superados.
Fazer uso político de um evento que mobiliza intensamente os brasileiros, com perdão do trocadilho, é do jogo, ainda mais sendo este um jogo que, por coincidência de calendários, sempre se joga em período de eleições gerais. Mas sugerese não embarcar na canoa furada das correlações entre futebol e política e muito menos tentar pegar carona no evento, mesmo no Brasil, onde o futebol foi redesenhado como arte e, assim, criativo, causou a impregnação da alma nacional.
“Não bastasse a eliminação da seleção brasileira por um resultado humilhante, resta ter de conviver com as tentativas de uso político do desastre e de vinculá- lo à complicada situação da economia”. O comentário INADEQUADO sobre os componentes desse segmento do texto é:
A) há relações de concordância nominal entre substantivo e adjetivo de “seleção brasileira”;
B) há ideia de obrigação no emprego da forma “ter de conviver”;
C) há um complemento nominal em “do desastre”;
D) há uma relação de sentido entre o pronome “lo” e o termo “uso político”;
E) há a expressão de uma opinião no emprego do adjetivo “complicada”.
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