PortuguêsFiguras de linguagem
- (NUCEPE 2015)
TEXTO VI
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota a gota do coração.
E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
- Eu faço versos como quem morre.
(www.velhosamigos.com.br/AutoresCélebres/ManuelBandeira.Coletanea8-Acesso-em11.06.2015).
Em: Meu verso é sangue. Volúpia ardente..., o segmento destacado constitui uma figura de linguagem reconhecida como
A) apóstrofe, construída para conferir um sentido particular ao ato de criação poé- tica, atribuindo-lhe ideia de vida.
B) antítese, considerando-se que sangue , quanto ao sentido que lhe é atribuído no poema, opõe-se a Volúpia .
C) pleonasmo, verificada na dimensão semântica já que sangue e ardente reiteram-se mutuamente e, por isso, aparentam repetições.
D) ironia, identificada na incoerência semântica entre sangue e ardente .
E) metáfora, identificada no termo sangue .
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