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EXERCÍCIOS - Exercício 390

  • (INSTITUTO AOCP 2022)

O texto a seguir refere-se a questão.
QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO
Marcus Eduardo de Oliveira
Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.
Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978), “representa o verdadeiro sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa “necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção material.
Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube” dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.
A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.
A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.
Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]
(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em:
https://www.ecodebate.com.br/wp-content/uploads/2016/05/rcman58.pdf)

Sobre o excerto “[...] aqueles que não comungam às ideias [...]”, assinale a alternativa correta.


A) “Comungam”, no excerto em foco, é um verbo transitivo indireto cujas preposições possíveis são: “a”, “de”, “em” ou “com”.

B) O sinal indicativo de crase foi utilizado de forma incorreta, devendo ser omitido para que o excerto se adéque à norma-padrão da língua.

C) O sinal indicativo de crase aponta que o item “às” é uma preposição e pode ser adequadamente substituído por “para as”.

D) “Comungam”, no excerto em foco, é um verbo intransitivo, o qual não exige complemento.

E) Caso a palavra “ideias” fosse substituída por “princípios”, o termos “às” teria de ser substituído por “aos” para que o excerto estivesse adequado em termo de concordância e regência.


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