PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (28)
- (FAUEL 2022)
Leia atentamente o texto a seguir, extraído de um dos discursos do Barão do Rio Branco, o patrono da diplomacia brasileira, para responder a questão.
“Ser, como fui desde a adolescência e na idade viril, um estudioso do nosso antigo passado militar;
ter sido, sempre que pude, em outros tempos, tanto
aqui quanto no estrangeiro, um modesto divulgador
de feitos gloriosos da nossa gente portuguesa e brasileira de outrora na defesa e dilatação do território
do Brasil; prezar constantemente os que se dedicam
à carreira das armas, indispensável para a segurança dos direitos e da honra da pátria; tudo isso, meus
senhores, não significa que eu tenha sido ou seja um
‘militarista’, como, no ardor das recentes lutas políticas, me acoimaram às vezes de o ser em alguns
dos combatentes, mal informados dos meus sentimentos e ações. Também todos os meus atos e afirmações solenes no serviço diplomático, continuando
no desempenho das funções que desde alguns anos
exerço, protestam contra as tendências belicosas e
imperialistas que alguns estrangeiros e nacionais me
têm injustamente atribuído. Nunca fui conselheiro ou
instigador de armamentos formidáveis, nem da aquisição de máquinas de guerra colossais. Limitei-me a
lembrar, como tantos outros compatriotas, a necessidade de, após vinte anos de descuido, tratarmos seriamente de reorganizar a defesa nacional seguindo
o exemplo de alguns países vizinhos, os quais em
pouco tempo haviam conseguido aparelhar-se com
elementos de defesa e ataque muito superiores aos
nossos”.
Tendo por base a interpretação desse excerto, pode-se afirmar que o seu autor:
A) apesar de não se ver como militarista, não deixava de destacar a importância do exército para a defesa nacional.
B) considerava que a garantia dos direitos e liberdades da pátria deveria ser amparada e protegida por leis apenas, e não por armas.
C) lutava em prol das mais rigorosas tendências anti-armamentistas, segundo as quais os exércitos nacionais deveriam ser extintos.
D) via como necessária a transformação do Brasil em uma verdadeira “máquina de guerra”, para confrontar os países vizinhos.
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