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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (2)


EXERCÍCIOS - Exercício 363

  • (Colégio Pedro II 2016)

Com Licença Poética

Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não sou tão feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

- dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,

já a minha vontade de alegria,

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

PRADO, Adélia. Reunião de poesia . 3ª ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2014. p. 19.


A voz, no poema de Adélia Prado, é feminina e expressa a necessidade de se recriar sua própria identidade. O verso que apresenta o estado transitório dessa identidade em processo de reconstrução é


A) “Mulher é desdobrável. Eu sou.”

B) “Inauguro linhagens, fundo reinos”.

C) “esta espécie ainda envergonhada.”

D) “Aceito os subterfúgios que me cabem”.


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