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PortuguêsFlexão verbal de tempo (presente pretérito futuro) (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 155

  • (FCC 2022)

Atenção : Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

Em torno da pena de morte

Numa crônica anterior, comentei um crime bárbaro e evoquei figuras de criminosos repugnantes. Alguns leitores observaram que, de qualquer forma, explicações sociológicas ou psicológicas não valem como desculpas para crimes atrozes. E perguntaram: “Você é contra ou a favor da pena de morte?”

Imagine que um deus, um poder absoluto ou um texto sagrado declarem que quem roubar ou assaltar será enforcado, ou terá a mão cortada. Nesse caso, puxar a corda, afiar a faca ou assistir à execução seria simples, pois a responsabilidade moral do veredito não estaria conosco. Nas sociedades tradicionais em que a punição é decidida por uma autoridade superior a todos, as execuções podem ser públicas: a coletividade festeja o soberano que se encarregou da justiça – que alívio!

A coisa é mais complicada na modernidade, em que os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda a autoridade jurídica e moral. Hoje, no mundo ocidental, se alguém é executado, o braço que mata é, em última instância, o dos cidadãos – o nosso. Mesmo que o condenado seja indiscutivelmente culpado, pairam mil dúvidas. Matar um condenado à morte não é mais uma festa, pois é difícil celebrar o triunfo de uma moral tecida de perplexidades. As execuções acontecem em lugares fechados, diante de poucas testemunhas: há uma espécie de vergonha. Essa discrição é apresentada como um progresso: os povos civilizados não executam seus condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um corolário das incertezas éticas da nossa cultura.

São questões a considerar, creio, antes de responder à pergunta inicial, que me fizeram alguns leitores.

(Adaptado de: CALLIGARIS, Contardo. Terra de ninguém . São Paulo: Publifolha, 2004, p. 94-95)


Os tempos e os modos verbais estão adequadamente articulados na frase:


A) Só será possível condenar à morte nas sociedades que contemplassem esse estatuto.

B) Ninguém imaginaria que aquele crime hediondo possa vir a ter atenuantes.

C) Todos os que acreditarem em sua inocência passem a batalhar pela comutação da pena.

D) Não teria havido sua condenação caso se levem em conta suas condições psicológicas.

E) Por mais que nos esforcemos não conseguiríamos relevar a crueldade de seu ato.


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