PortuguêsUso das reticências
- (FGV 2022)
Texto 1
Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia:
“Li um termo de autópsia. Nunca deixo de ler esses documentos,
não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez
como a língua científica é diferente da literária. Nesta, a
imaginação vai levando as palavras belas e brilhantes, faz imagens
sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor
gosta delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito
externo é externo, o interno é interno; cada fenômeno, cada osso,
é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a
cavidade abdominal, a hipóstase cadavérica, a tetania, cada um
desses lugares e fenômenos não pode receber duas apelações, sob
pena de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana , 1830)
No texto 1, Machado de Assis fala das reticências e do seu uso por parte dos autores que gostam delas. A frase abaixo em que o emprego das reticências expressa uma emoção intensa é:
A) Isso não é... um pouco... como dizer?... estranho?
B) Mas... a barata... a barata... você conseguiu pegá-la?
C) Como sua vida está em perigo, ele vive agora em X..., pequena cidade europeia;
D) Júlio casou ontem e, salvo um milagre (ou de... você sabe do que estou falando...), vai poder aproveitar o verão antes de nascer o primeiro bebê;
E) Os vândalos estão de volta para fazer m... nas passeatas.
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