PortuguêsUso das reticências
- (IDECAN 2010)
TEXTO:
O homem e a cobra
Certo homem de bom coração encontrou na estrada uma cobra entanguida de frio.
– Coitadinha! Se fica por aqui ao relento, morre congelada.
Tomou-a nas mãos, conchegou-a ao peito e trouxe-a para casa. Lá a pôs perto do fogão.
– Fica-te por aqui em paz até que eu volte do serviço à noite. Dar-te-ei então um ratinho para a ceia.
E saiu.
De noite, ao regressar, veio pelo caminho imaginando as festas que lhe faria a cobra.
– Coitadinha! Vai agradecer-me tanto...
Agradecer, nada! A cobra, já desentorpecida, recebeu-o de linguinha de fora e bote armado, em atitude tão ameaçadora que o homem enfurecido exclamou:
– Ah, é assim? É assim que pagas o benefício que te fiz? Pois espera, minha ingrata, que já te curo...
E deu cabo dela com uma paulada.
( Monteiro Lobato, Fábulas, Brasiliense )
No trecho “ Vai agradecer-me tanto..." as reticências (...) foram utilizadas para
A) Separar orações ou termos extensos.
B) Terminar períodos.
C) Indicar continuação do pensamento.
D) Abreviar.
E) Indicar a fala dos interlocutores nos diálogos.
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