Procura

PortuguêsCrase (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 236

  • (VUNESP 2021)

Furto em Flor

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:

— Que ideia a sua vir jogar lixo de sua casa neste jardim!

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos Plausíveis.

In : ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa e Poesia , 8. ed.

Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1992. p. 1266.


Considere a frase:

O porteiro assistia _____ toda a cena, sem perceber minha culpa, meu desejo de retornar a flor _____ lugar no qual ela desabrochara e do qual ____ furtei.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:




A) a … àquele … a

B) à … aquele … a

C) a … àquele … à

D) à … àquele … à

E) a … aquele … a


Próximo:
EXERCÍCIOS - Exercício 237

Vamos para o Anterior: Exercício 235

Tente Este: Exercício 325

Primeiro: Exercício 1

VOLTAR ao índice: Português






Cadastre-se e ganhe o primeiro capítulo do livro.
+