Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como nãoera de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir:apertaram, viraram de um lado para o outro, atéque a chave emperrou. [...] Não se contendo, aoinvés de retirar a chave de dentro do cadeado,apertaram mais e mais até a chave quebrar e, napressa de abrir o cadeado para entrar, ficaramdo lado de fora até que se pudesse encontraralguém para cortar o cadeado e dinheiro paracomprar um novo [...].
Às vezes somos que nem a história simples docadeado, queremos ser mais felizes, alegres,satisfeitos e gentis com a vida, mas passamosesse tempo repetindo os mesmos erros,entrando e saindo sempre pela mesma porta,empurrando os mesmos problemas ao invés detentarmos soluções. [...] Nem sempreconseguimos a coragem suficiente paradesapegar daquilo que não traz mais alegria deviver e que faz da vida um espetáculo que nãonos encanta. [...] Há um momento, depois detodo o esforço, que o cadeado deve serdescartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmoque demore, compre tudo novo e aproveite dasoportunidades que a vida vai te dar. Construatudo com novas emoções e cuide para que seussentimentos não enferrujem.
Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021.
Qual é a relação de sentido mantida entre o
período “Um dia o cadeado resolveu não
abrir.” e o período seguinte “Como não era
de boa qualidade, enferrujou.”?