HistóriaPeríodo entre-guerras: totalitarismos
- (NUCEPE 2020)
Provavelmente, a figura mais eminente no estudo do totalitarismo foi Hannah Arendt, que o definiu em seu livro Origens do Totalitarismo, de 1949, como uma “nova forma de governo” propiciada pelo advento da modernidade. Segundo ela, a destruição das sociedades e dos modos de vida tradicionais criou as condições para o desenvolvimento da “personalidade autoritária”, homens e mulheres cujas identidades são inteiramente dependentes do Estado. (APPLEBAUM, Anne. Cortina de ferro: o esfacelamento do leste europeu (1944-1956). São Paulo: Três Estrelas, 2016, p.18).
Entre os anos 40 e os anos 80 do século XX, o “totalitarismo” foi mais que um conceito teórico. Ele adquiriu associações políticas concretas, produzindo diferentes debates e práticas sobre sua natureza e capacidade, estando alguns fundamentados na ideia
A) de que a natureza do Estado determina o tipo de regime definido historicamente. Desse modo, Hannah Arendt afirmava que a União Soviética não podia ser confundida com uma experiência totalitária, por ser um regime Comunista.
B) defendida pelos historiadores revisionistas, de que o termo totalitarismo só tem utilidade na teoria, como um parâmetro negativo em face do qual os democratas liberais podem definir a si mesmos.
C) da criação de sociedade, sem que tudo ficasse fora da esfera do Estado, nada ficasse dentro do Estado e nada fosse contra o Estado, como valor social a ser perseguido para o fortalecimento dos menos favorecidos socioeconomicamente.
D) de promoção e estímulo a uma política dos direitos humanos, baseada no ideal de justiça social, ainda que realizado por um Estado forte e centralizado na figura de um líder político populista.
E) da recusa ao uso de tecnologias de comunicação, especialmente como meio de difusão de ideologias, limitando a propaganda política e realizando a defesa das formas tradicionais de organização da vida social.
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