MedicinaGinecologia e obstetrícia (3)
- (COMPERVE 2019)
A restrição do crescimento fetal (RCF) é um termo que se refere à impossibilidade do feto atingir seu potencial de crescimento por causas genéticas ou ambientais. O diagnóstico obstétrico é feito quando o peso fetal estimado pela ultrassonografia obstétrica é inferior ao percentil 10 para a idade gestacional. A RCF é importante causa de morbidade e mortalidade perinatal. A mortalidade perinatal é aproximadamente oito vezes maior quando o peso fetal é inferior ao percentil 10 e cerca de 20 vezes mais elevada diante do percentil abaixo de 3. Diante da necessidade rigorosa do controle da vitalidade fetal nos casos de RCF,
A) se o achado de Doppler de artéria umbilical for anormal, ou seja, PI abaixo do percentil 95 para a IG, e na ausência de outras alterações das provas de vitalidade fetal, pode -se tentar levar a gestação até 37 semanas. Na diástole zero, também se interrompe a gestação a partir de 28 semanas.
B) na presença de diástole zero em gestação abaixo de 34 semanas , deve-se internar a gestante e realizar o Doppler de ducto venoso. Se o índice de pulsatilidade para veias (IPV) estiver entre 1 e 1,5, faz-se um ciclo de corticoide (desde que entre 25 e 34 semanas) e interrompe-se a gravidez após 48 horas.
C) quando o fluxo diastólico da artéria umbilical torna-se nulo (diástole 0) ou reverso (diástole reversa), há risco significante de morbidade e mortalidade perinatais , uma vez que as alterações do Doppler de artéria umbilical são mais precoces quando comparadas às alterações do PBF e da cardiotocografia fetal. No caso, pode-se manter a conduta expectante.
D) quando o resultado do Doppler umbilical e de ACM persistirem normais, a gravidez deve ser mantida até 34 semanas, desde que não exista associação c om doença materna que resulte em insuficiência placentária. Caso ocorra essa associação, deve -se interromper a gestação a partir de 32 semanas.
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