PortuguêsSintaxe
- (VUNESP 2019)
Carta-Poema
Excelentíssimo Prefeito
Senhor Hildebrando de Góis,
Permiti que, rendido o preito
A que faz jus por quem sois,
Um poeta já sexagenário,
Que não tem outra aspiração
Senão viver de seu salário
Na sua limpa solidão,
Peça vistoria e visita
A este pátio para onde dá
O apartamento que ele habita
No Castelo há dois anos já.
É um pátio, mas é via pública,
E estando ainda por calçar,
Faz a vergonha da República
Junto à Avenida Beira-Mar!
Indiferentes ao capricho
Das posturas municipais,
A ele jogam todo o seu lixo
Os moradores sem quintais.
(Manuel Bandeira, As cidades e as musa s. Org. Antonio Carlos Secchin)
Assinale a alternativa que contém informações coerentes com o poema, organizadas em conformidade com norma-padrão.
A) O eu lírico, um senhor que mora na Avenida Beira-Mar, anseia por uma solução para os problemas que o afetam cotidianamente, a saber, a falta de calçamento do pátio e os lixos ali depositados.
B) O eu lírico sente-se já velho pois seu dia a dia é de solidão, já que ele não aspira mais nada na vida, senão que o prefeito mande vistoriar o pátio de seu edifício, lugar que têm acesso os moradores sem quintais.
C) O eu lírico, por ser já velho como o prefeito, recorre a este para que mande vistoria e visita ao pátio que ele mora, local onde os moradores sem quintais jogam lixo, com o que ele discorda.
D) O eu lírico, amigo de sessenta anos do prefeito, solicita-o na vistoria e visita no prédio o qual mora, uma vez que o local ainda carece de calçamento e aonde os moradores sem quintais têm jogado lixo.
E) O eu lírico exige do velho prefeito da cidade que este se dedique em vistoriar e visitar o pátio aonde ele mora, pois existe ali muito lixo devido ação dos moradores sem quintais na região.
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