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EXERCÍCIOS - Exercício 236

  • (UFRR 2018)

TEXTO I

6 MITOS SOBRE O CÉREBRO EM QUE VOCÊ PRECISA PARAR DE ACREDITAR

Ouvir Mozart te deixa mais inteligente? É possível aprender inglês dormindo?

Diversos pesquisadores tentam entender o funcionamento da mente e do cérebro. Por serem tão complexos, alguns conhecimentos são baseados em crenças e não passam de mitos. Confira algumas das informações falsas:

Aquele 90% é vagabundo?

A história de que só usamos 10% do cérebro pode ter surgido com o estudo The Energies of Men (1908), de William James, no qual ele aponta que usamos uma pequena parte da capacidade do cérebro — mas sem definir a porcentagem.

Outra hipótese para a crença é a falta de conhecimento da neurociência. Os neurônios da massa cinzenta, que representam uma a cada dez células cerebrais, são responsáveis pelo processamento do cérebro. Já as células gliais, da massa branca, dão suporte e nutrição aos neurônios.

Cientistas provaram que não é possível aproveitar as células gliais para desempenharem as mesmas funções dos neurônios. Ou seja, você já está usando 100% da capacidade do seu cérebro.

Aprender outro idioma dormindo.

Não há nenhuma pesquisa ou experimento que confirme a tese de que podemos aprender outra língua apenas escutando um CD enquanto dormimos.

Em 2014, Thomas Schreiner e Björn Rasch mostraram que ensinar um idioma durante um movimento ocular mais lento, ou ao despertar, pode melhorar a capacidade de memorizar as novas palavras — mas não significa que você se tornará fluente em uma nova língua.

Mozart deixa as crianças mais inteligentes.

Um artigo publicado pela Universidade da Califórnia, nos EUA, em 1991 criou o termo "efeito Mozart". No estudo, 36 estudantes tiveram que realizar uma atividade mental: os jovens que ouviram o compositor durante dez minutos antes do teste registraram as melhores performances.

A partir disso, surgiram diversos produtos para o público infantil com trechos de Mozart, indicando que escutá-lo poderia melhorar a inteligência dos pequenos.

Em 2010, foram analisadas várias pesquisas sobre a relação entre música e conhecimento. Nenhuma delas comprovou o "efeito Mozart".

Deixe a esquerda livre.

Os hemisférios do cérebro são responsáveis por atividades diferentes, mas não quer dizer que eles que interferem na sua personalidade. A língua que você fala, por exemplo, é controlada pelo lado esquerdo, enquanto a voz é moldada pelo lado direito.

Estudo da Universidade de Utah examinou 7.266 regiões do cérebro em mais de 1 mil pessoas, enquanto elas executavam pequenas tarefas. O diagnóstico não comprovou que os participantes usaram com mais potência o lado esquerdo ou direito.

Álcool aniquila células do cérebro.

Em 1993, Grethe Jensen analisou neurônios de pessoas que consumiam bebidas alcoólicas e que não bebiam. Os resultados não indicaram diferenças no número ou densidade de células cerebrais.

Ou seja, o álcool não mata suas células e beber, a princípio, está liberado — desde que seja com responsabilidade e moderação.

Dano cerebral é eterno?

Dependendo da lesão, o cérebro consegue se recuperar. Uma concussão, por exemplo, pode até interromper algumas funções do órgão, mas temporariamente. Caso não haja traumatismo posterior na cabeça, é possível se recuperar totalmente.

Além disso, o cérebro pode se adaptar a lesões mais graves no processo conhecido como neuroplasticidade. Nessa situação, o órgão redireciona suas funções desativadas por condições mais sérias.

(Fonte: Revista Galileu com informações da BBC, 13/11/2017)


Observe os seguintes exemplos: “Ouvir Mozart te deixa mais inteligente”, “Mozart deixa as crianças mais inteligentes” e “Deixe a esquerda livre”. Agora indique a sequência na qual se encontra classificação correta do verbo deixar:


A) Intransitivo – Intransitivo – Intransitivo

B) Transitivo direto predicativo – Transitivo direto predicativo – Transitivo direto predicativo

C) Transitivo direto – Transitivo direto – Transitivo direto

D) Transitivo de ligação – Transitivo de ligação – Transitivo de ligação

E) Transitivo indireto – Transitivo indireto – Transitivo direto predicativo


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