PortuguêsSignificação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. (6)
- (FCC 2012)
Por mais de três séculos, do início da colonização ao ocaso do Império, a economia do Brasil foi sustentada pelos escravos. Os negros vindos da África trabalharam nas lavouras de cana-de-açúcar e café e nas minas de ouro e diamante. O tráfico negreiro, por si só, era um dos setores mais dinâmicos da economia. Os historiadores estimam que 4 milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil. Desse total, 1 milhão entrou no país pelo Valongo, um cais construído no Rio de Janeiro em 1758 especialmente para receber navios negreiros. Os escravos eram expostos e vendidos em lojas espalhadas pela vizinhança.
O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831, quan- do foi proibida a importação de escravos. Logo foi apagado. Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de D. Pedro II, Teresa Cristina. Mais tarde, a República aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos desapareceu como se nunca tivesse existido.
Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. Na varredura do subsolo, exigida pela lei, para impedir que relíquias enterradas sejam perdidas, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. As ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a Praça Mauá.
O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Antes de sua abertura os navios negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quinze, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da Colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas sem mercadoria humana.
(Ricardo Westin. Veja , 17 de agosto de 2011, p. 126-128, com adaptações)
O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831, quan- do foi proibida a importação de escravos. Logo foi apagado. Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de D. Pedro II, Teresa Cristina. Mais tarde, a República aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos desapareceu como se nunca tivesse existido.
Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. Na varredura do subsolo, exigida pela lei, para impedir que relíquias enterradas sejam perdidas, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. As ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a Praça Mauá.
O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Antes de sua abertura os navios negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quinze, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da Colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas sem mercadoria humana.
(Ricardo Westin. Veja , 17 de agosto de 2011, p. 126-128, com adaptações)
As pinturas da época mostram que os escravos não ficavam acorrentados no Valongo.
Os escravos desembarcavam desnutridos e doentes.
Os escravos desconheciam a nova terra.
Escravos que fugiam e acabavam recapturados eram impiedosamente castigados.
As frases acima estão articuladas com lógica, clareza e correção, sem repetições desnecessárias, em:
A) Os escravos, que não ficavam acorrentados no Valongo, visto que desembarcavam desnutridos e doentes e ainda desconheciam a nova terra caso fugissem e acabavam recapturados para ser impiedosamente castigados, segundo as pinturas da época.
B) Os escravos, que desembarcavam desnutridos e doentes, não ficavam acorrentados no Valongo, como mostram as pinturas da época, não só porque desconheciam a nova terra como também porque aqueles que fugiam e acabavam recapturados eram impiedosamente castigados.
C) Os escravos não ficavam acorrentados no Valongo, pois desembarcados desnutridos e doentes, eles desconheciam a nova terra, além do que, os escravos que fugiam eram impiedosamente castigados conquanto fossem recapturados, é o que mostram as pinturas da época.
D) Os escravos desembarcavam no Valongo desnutridos e doentes, de acordo com o que se mostra as pinturas da época, onde eles não ficavam acorrentados, e desconheciam a nova terra, tanto que fugiam e acabavam recapturados, sendo impiedosamente castigados.
E) Segundo as pinturas da época, os escravos não ficavam acorrentados no Valongo e, no entanto, desnutridos e doentes, bem como desconheciam a nova terra, se eles fugiam acabavam recapturados, e ainda mais eram impiedosamente castigados.
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