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- (FCC 2018)
De uma entrevista
Respondendo à pergunta “Acha bom viver?”, “Essa é a impressão que você dá”, respondeu o escritor e psicanalista Hélio Pellegrino:
“Viver − essa difícil alegria. Viver é jogo, é risco. Quem joga pode ganhar ou perder. O começo da sabedoria consiste em aceitarmos que perder também faz parte do jogo. Quando isso acontece, ganhamos alguma coisa de extremamente precioso: ganhamos nossa possibilidade de ganhar. Se sei perder, sei ganhar. Se não sei perder, não ganho nada, e terei sempre as mãos vazias. Quem não sabe perder acumula ferrugem nos olhos e se torna cego − cego de rancor. Quando a gente chega a aceitar, com verdadeira e profunda humildade, as regras do jogo existencial, viver se torna mais que bom − torna-se fascinante.
Viver bem é consumir-se, é queimar os carvões do tempo que nos constitui. Somos feitos de tempo, e isto significa: somos passagem, movimento sem trégua, finitude. A cota de eternidade que nos cabe está encravada no tempo. É preciso garimpá-lo com incessante coragem, para que o gosto do seu ouro possa fulgir em nosso lábio. Se assim acontecer, somos alegres e bons, e a vida tem sentido .”
(Adaptado de: PELLEGRINO, Hélio. Lucidez embriagada . São Paulo: Planeta, 2004, p. 45)
Está correto o emprego de ambosos elementos sublinhados na frase:
A) Precisam -se de atos de coragem para não se dar mau no jogo do viver.
B) No que diz respeito à riscos inerentes ao viver, não há como evitar- lhes .
C) Para que contra nós não haja o mau destino, cabe-nos reagi- lo .
D) Um obsecado pelo lucro acima de tudo jamais ficará quites com a vida.
E) Quem se indispuser com as regras do jogo estará fadado a perdê-lo.
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