PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (5)
- (FGV 2014)
Nosso ensino inferior
Não é para entrar em depressão, mas também não é para comemorar. Nos dois testes internacionais a que foi submetido esta semana – o do ensino médio e o do superior – o nosso sistema educacional não foi totalmente reprovado e até melhorou, mas também não “ passou " com louvor. Sob certos aspectos, o desempenho foi medíocre. No primeiro exame, o Pisa, que avalia alunos de 15 anos de 65 países, o Brasil foi o que mais avançou em matemática entre 2003 e 2012, mas mesmo assim continua lá atrás, ficou em 58º lugar e, em leitura, foi pior, caiu dois pontos para a 55ª colocação. Em Ciências, permaneceu onde estava, na 59ª posição. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, considerou o resultado “ uma grande vitória ", mas o responsável pelo Pisa, Andreas Schleicher, acha que temos que “ acelerar muito o ritmo de melhoria ", investindo mais em professores e dando aos alunos pobres melhores escolas, para não continuar fazendo feio.
Se as conclusões do Pisa comportam interpretações que podem ser mais ou menos pessimistas, os dados referentes à educação superior não deixam dúvidas: foram péssimos. [....] A nossa má performance não pode ser atribuída à falta de representação. O ensino superior brasileiro é composto por 2.377 instituições, das quais 85% são faculdades, 8% são universidades, 5,3% são centros tecnológicos e 1,6 são institutos tecnológicos. O nosso problema, portanto, não é de quantidade, mas de qualidade.
(Zuenir Ventura, O Globo, 07/12/2013)
Ao dizer que “ sob certos aspectos, o desempenho foi medíocre ”, o autor do texto se refere
A) ao nosso avanço em Matemática.
B) ao nosso recuo em leitura.
C) à nossa posição em relação aos demais.
D) ao nosso pequeno ritmo de crescimento.
E) às nossas pobres condições de trabalho.
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