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FilosofiaA política


EXERCÍCIOS - Exercício 19

  • (IF-RS 2015)

“Precisamente nisso enxerguei o grande perigo para a humanidade, sua mais sublime sedução e tentação – a quê? ao nada? –; precisamente nisso enxerguei o começo do fim, o ponto morto, o cansaço que olha para trás, a vontade que se volta contra a vida, a última doença anunciando-se terna e melancólica: eu compreendi a moral da compaixão, cada vez mais se alastrando, capturando e tornando doentes até mesmo os filósofos, como o mais inquietante sintoma dessa nossa inquietante cultura europeia; como o seu caminho sinuoso em direção a um novo budismo? a um budismo europeu? a um – niilismo ?..." (NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral:uma polêmica. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 11-12.)

De acordo com o referido fragmento e considerando a totalidade do pensamento de Friedrich Nietzsche, podemos afirmar que a alternativa INCORRETA é:



A) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.

B) Uma das adversárias de Nietzsche é a moral da compaixão, pois nela se intensifica a decadência, a miséria e sua conservação. Sob a afirmação de “Deus" ou do “além", como aquilo que genuinamente definiria a verdadeira vida, a moral da compaixão oculta o “nada".

C) Nietzsche reconhece a ambiguidade do conceito de niilismo. Eis a razão pela qual ele diferencia o niilismo ativo do passivo. O niilista ativo é o “espírito livre" que reconhece e utiliza sua potência para ir além dos valores tradicionais. Já o niilista passivo, é o espírito cansado que se subordina à decadência dos valores religiosos e morais.

D) A disposição de afastar-se da aparência, da mudança, do vir a ser, do desejo, conduz o humano à vontade de nada , uma renúncia da vida que se configura como causa do niilismo.

E) Uma das expressões mais conhecidas de Nietzsche, com a qual o autor inicia suas análises sobre o niilismo, é o fragmento dedicado à morte de Deus. No aforismo de A Gaia Ciência, a morte de Deus conduz-nos ao diagnóstico da ausência de justificações absolutas e de orientações para o alcance do sentido da vida.


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