PortuguêsCoesão e coerência (2)
- (FCC 2016)
Um filme de viagem e de amor
O filme Viajo porque preciso, volto porque te amo , dirigido por Karim Aïnouz e Marcelo Gomes, foi rodado no interior de
cinco estados do Nordeste. A ideia inicial dos dois cineastas era fazer um documentário sobre as feiras do sertão. Entre a primeira e a
última filmagem houve uma interrupção de nove anos, e a montagem final é, de fato, uma ficção sobre a viagem e o amor, sem perder
uma dimensão crítica sobre a sociedade brasileira. O filme transcende o registro do mero documento, transmite emoções ao
espectador e convida-o a refletir sobre a região e as pessoas que nela vivem e trabalham.
Um dos achados do filme, cuja narração é conduzida pela voz de um geólogo, foi relacionar o estudo do solo com a desilusão
amorosa. Uma sondagem no interior da terra árida tem como contraponto uma sondagem da alma das personagens. Como acontece
com os bons romances, que se revelam com mais intensidade ao serem relidos, esse filme convida o espectador a assisti-lo duas vezes.
(Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita . São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 134)
Está clara, correta e coerente a redação da frase:
A) Uma das razões porque se deve ver o filme são as passagens em que se combina a geologia e a paixão amorosa.
B) O entusiasmo pelo qual se deixou levar o autor do texto deve-se aos achados que reconheceu nesse filme.
C) Por vezes assiste-se documentários enfadonhos, onde o interesse já se perde logo que se iniciam.
D) É incomum associar-se geologia com paixão, até por que em ambos os casos falta uma conexão mais clara.
E) A interrupção por nove anos das filmagens acabaram por tornar o filme algo diverso do que lhe fora concebido.
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