PortuguêsFlexão verbal de tempo (presente pretérito futuro)
- (NUCEPE 2018)
TEXTO 02
Nos últimos 50 anos e em especial a partir da década de 1980, professores de português e pesquisadores da língua têm feito a crítica do ensino tradicional de português (...). Houve e continua havendo esforços para construir alternativas a esse ensino. Não obstante, o quadro pedagógico tem mudado pouco. Talvez porque ainda não tenhamos conseguido fazer e disseminar, com todas as letras, a crítica radical ao normativismo e à gramatiquice.
E essa não é uma tarefa fácil, porque o normativismo e a gramatiquice não são apenas concepções e atitudes ligadas à língua e seu ensino. Pelo seu caráter conservador, impositivo e excludente, o normativo e a gramatiquice são parte intrínseca de todo um conjunto de conceitos, atitudes e valores fundamentalmente autoritários, muito adequados ao funcionamento de uma sociedade profundamente marcada pela divisão social.
O ensino de português, nesse sentido, não está separado da sociedade que o justifica e o sustenta. Desse modo, criticá-lo é também criticar essa mesma sociedade: agir para mudá-lo é também agir para transformar a sociedade.
De saída, temos de ter sempre claro que a questão da língua é, fundamentalmente, uma questão política e como tal deve ser tratada.
(...)
(FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola editorial, 2008, p. 158)
Considerando-se o verbo "disseminar", no tempo mais que perfeito do modo indicativo, é corretoo que se afirma sobre seus elementos mórficos constitutivos.
A) Em todas as pessoas, após o radical, o segmento – a constitui desinência de modo e tempo.
B) Nesse modo e tempo, as formas verbais são destituídas de vogais temáticas.
C) A desinência de número e pessoa, na primeira e na terceira pessoa do singular é zero.
D) O segmento –ramos, da primeira pessoa do plural, constitui desinência de número e pessoa.
E) O segmento –is, de segunda pessoa do plural, constitui desinência de modo e tempo.
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