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PortuguêsConcordância verbal concordância nominal


EXERCÍCIOS - Exercício 1

  • (VUNESP 2018)

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:

– Ó universo, eu sou-te ,

em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa , 1999. Adaptado)


Assinale a alternativa em que, ao contrário da construção “aquela rapaz”, segue-se a lei fundamental da concordância, de acordo com a norma-padrão.


A) Quando o despacho chegou, a primeira coisa que o advogado fez foi conferir os documentos anexos.

B) Era um dia ensolarado, e não se sabe como foi atropelado aquela mulher em uma avenida tranquila.

C) Parece-me que este ano está chovendo muito, mas ainda assim há menas chuvas do que em anos anteriores.

D) As crianças brincavam no jardim, colhendo flores colorida e presenteando-se num gesto emocionante.

E) Quando entraram na casa abandonada, uma cobra estava escondido ali. Assustaram-se, pois era um bicho perigoso.


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