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FilosofiaA metafísica de aristóteles


EXERCÍCIOS - Exercício 36

  • (Instituto Consulplan 2022)

Górgias de Leontini, filósofo grego (século V a.C.), defendia três proposições:

1. Nada existe.

2. Mesmo que existisse alguma coisa, não poderíamos conhecê-la.

3. Concedido que alguma coisa existe e podemos conhecê-la, não poderíamos comunicá-la aos outros.

Consta que o próprio Górgias não levou a sério suas proposições e muitos estudiosos a consideram um simples gracejo. Mas elas existem há 24 séculos e nos estimulam a refletir. Se o cético afirma que não se pode saber nada, então lhe perguntamos: como pode ele fazer tal afirmação? Está ele certo da verdade da sua proposição? Se está, uma coisa pelo menos é certa e cognoscível, e a afirmação de que nada pode ser conhecido é falsa. E se pode ser conhecida, então alguma coisa também deve existir. Narra-se que um cético grego, Crates , ao perceber isso, nada mais dizia, contentando-se em mover o dedo. Mas Aristóteles, o grande mestre do pensamento, notou que também para isso ele não tinha direito, porque o movimento do dedo exprime uma opinião e o cético não pode ter opiniões. Deve – dizia Aristóteles – ser como uma árvore; com essa é impossível discutir, porque nada diz.

(BOCHENSKI, J. M. Diretrizes do pensamento filosófico In.: ARANHA, M.

L. A. de; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São

Paulo: Moderna, 2009.)

O momento histórico vivido pelo mundo grego favoreceu o desenvolvimento do tipo de atividade praticada pelos sofistas. Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões, que trouxe, dentre outras, consequências como:




A) A ânsia nos cidadãos mais ambiciosos de aprenderem a arte de argumentar em público para conseguir persuadir as assembleias e fazer prevalecer os seus interesses.

B) A ideia de construir uma escola grega filosófica forte que dominasse, através do jogo de palavras, raciocínios e concepções convincentes, as teses dos adversários de outras regiões.

C) O interesse de se organizar de uma forma pacífica e dialógica; uma harmonia maior entre as doutrinas filosóficas divergentes, diminuindo, assim, os conflitos constantes entre as classes opostas.

D) A busca da Aletheia (manifestação daquilo que é) passou a ser oposição do seu oposto; Pseudos (falso), principalmente pelos sofistas, que consideravam as opiniões humanas infindáveis, mas a verdade absoluta.


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