PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (2)
- (VUNESP 2016)
Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem, cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam por não ser culpa dele.
O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do seu patrimônio.
Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.
O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher: reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?
(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)
D. Laura era superior a Garcia porque
A) cuidava do patrimônio da família, evitando gastos exagerados.
B) organizava a vida doméstica com mais competência que o marido.
C) se devotava ao casamento sem interesse no patrimônio herdado.
D) era possuidora de mais sabedoria e escolarização do que ele.
E) estava acima de qualquer suspeita, apesar de ser formosa.
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