PortuguêsFlexão verbal de tempo (presente pretérito futuro)
- (FCC 2016)
A nuvem
− Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever toda semana sem reclamar, sem protestar, sem
espinafrar ninguém!
Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado
muito isto e aquilo. Mas se eu ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste
inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem
gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. Eles se irão como vieram,
leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas do meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão − e seus
tradicionais buracos.
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p. 179/180)
Mas se eu ficar rezingando todo dia , estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?
Substituindo-se a expressão sublinhada na frase acima por se eu ficasse rezingando todo dia , a complementação correta
deverá ser
A) estarei roubado: quem é que irá aguentar ler-me?
B) estaria roubado: quem é que iria aguentar me ler?
C) estarei roubado: quem é que aguentaria ler-me?
D) teria sido roubado: quem é que me aguentaria ler?
E) estaria sendo roubado: quem é que me aguenta ler?
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