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PortuguêsFlexão verbal de tempo (presente pretérito futuro) (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 129

  • (RBO 2022)

Considere o poema abaixo para responder à questão.
“Mais que todos deserdamos deste nosso oblíquo modo um menino inda não nado (e melhor não fora nado) que de nada lhe daremos sua parte de nonada e que nada, porém nada o há de ter desenganado.”
(Carlos Drummond de Andrade, “Os bens e o sangue”, em CLARO ENIGMA, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992, p. 230)
Sobre o emprego do vocábulo “nado” na estrofe acima é correto afirmar que



A) corresponde a uma forma do particípio passado do verbo “nascer” mais próxima da expressão oral, o que é ratificado pelo vocábulo “nonada”, também muito utilizado na língua falada.

B) corresponde a um substantivo originado de uma derivação imprópria e que, no contexto da estrofe, gera uma intencional ambiguidade remetendo tanto ao passado quanto ao presente.

C) constitui uma variante menos usual do particípio passado do verbo “nascer” e poderia ser substituída por “nascido” ou “nato”, sem que houvesse alteração de sentido em suas duas ocorrências.

D) desempenha funções morfológicas diferentes nas duas ocasiões em que foi empregado, devendo ser entendido como particípio passado do verbo “nascer” e como substantivo, respectivamente.

E) ilustra um jogo lúdico de palavras às quais soma-se o substantivo “nonada”, produzindo um efeito de non sense e distanciando-se de qualquer sentido implícito ou explícito.


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