PortuguêsRegência (3)
- (PR-4 UFRJ 2021)
TEXTO 8
SONETO VERSOS ÍNTIMOS
AUGUSTO DOS ANJOS | Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d’Arco, Sapé , na Paraíba , no dia 20 de abril de 1884. Faleceu em Leopoldina, MG, em 12 de novembro de 1914. Formado em Direito, no Recife, lecionou Literatura na Paraíba e no Rio de Janeiro. Seu único livro, “Eu” , foi publicado em 1902. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasiano por alguns aspectos e simbolista por outros.
Vês?!
Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
(1) Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
(2) Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Sobre os trechos sublinhados em destaque pode-se afirmar que:
A) em (1) constata-se que o verbo “acostumar” é transitivo direto.
B) em (2) constata-se que o verbo “causar” é transitivo direto.
C) em (1) ocorre a próclise, primeiro, e, depois, a ênclise.
D) em (2) constata-se que o verbo “causar” é pronominal.
E) em (1) ocorre a ênclise, primeiro, e, depois, a próclise.
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