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PortuguêsTermos essenciais da oração: sujeito e predicado (2)


EXERCÍCIOS - Exercício 41

  • (FAFIPA 2021)

TEXTO 01
O Padeiro
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
- Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
"Então você não é ninguém?"
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: "não é ninguém, não, senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; "não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.
Rubem Braga. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1989, p. 63-64.

" Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento.". Assinale a alternativa CORRETA a respeito do trecho:


A) Todos os verbos em destaque estão no pretérito perfeito, por expressarem ações pontuais ocorridas em um momento anterior à fala. A partir da desinência verbal, é possível identificar que o sujeito é simples.

B) Todos os verbos em destaque são intransitivos, ou seja, não necessitam de complemento. A partir da desinência verbal, podemos afirmar que o sujeito é inexistente, uma vez que o trecho não menciona quem fez as ações.

C) Todos os verbos em destaque estão no presente simples do modo indicativo, por expressarem ações que acontecem no momento da fala. A partir da desinência verbal, podemos identificar que o sujeito é oculto.

D) Todos os verbos em destaque são transitivos indiretos. A partir da desinência verbal, podemos afirmar que o sujeito é composto.

E) Todos os verbos em destaque estão no futuro do presente do modo indicativo, por expressarem ações possíveis de acontecer em um momento posterior à fala. A partir da desinência verbal, não é possível identificar o sujeito, ou seja, o sujeito é indeterminado


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