PortuguêsCoesão e coerência (6)
- (INSTITUTO AOCP 2021)
O texto a seguir refere-se à questão.
COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO
SABEMOS O QUE QUEREMOS
Pilar Jericó - 11 MAI 2021
Somos estimulados a sonhar, a buscar
objetivos e a nos orientar em direção ao que
desejamos. Às vezes, o problema é que não
sabemos o que queremos. É o que tenho
observado em muitas pessoas, até em mim
mesma. A dúvida aparece quando terminamos
uma etapa, como concluir alguns estudos ou
finalizar um trabalho. Também surge quando
estamos cansados de uma determinada
situação, quando temos de nos reinventar devido
às circunstâncias ou quando nos deparamos
com um fracasso ou um contratempo. [...] Um
pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a
recuperar sonhos e a definir objetivos que nos
animem. Vejamos algumas dicas práticas.
Primeiro, não devemos confundir nossos
sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto
que nos anima, como estudar algo novo,
comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais
ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos
esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma
fantasia é algo que vive em nossa mente, que
gostamos de imaginar, mas que, no fundo,
sabemos que nunca vamos dedicar muita
energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao
mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico
ou se tornar diretor de cinema em Hollywood
poderiam ser alguns exemplos. Aprender a
diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser
honestos conosco mesmos e nos alivia da
pressão de conseguir estas últimas, das quais,
insistimos, não necessitamos.
[...] Quando não sabemos o que
queremos ou não temos um sonho claro,
podemos fazer várias coisas. Por um lado,
podemos recuperar sonhos do passado como
forma de inspiração. A adolescência é uma
época muito frutífera de ideias. Valeria a pena
lembrar do que gostávamos ou o que nos
animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao
pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco
desatualizados ou, simplesmente, sejam
impossíveis de alcançar, como se queríamos ser
astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos
sonhos atuam como faróis, não são cartas de
navegação, daí a importância de recuperá-los.
Retomando o exemplo anterior do astronauta,
obtemos informações sobre nós mesmos. Com
esse exercício simples, lembramos que
gostávamos de aventuras ou de estudar as
estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular
em um curso de astronomia, comprar um
telescópio ou acessar os recursos da NASA para
conhecer mais a respeito. E você, o que gostava
de fazer quando era mais jovem? O que pode
extrair daquilo?
Outra forma de nos orientarmos é pensar
naquilo que não queremos. Talvez este exercício
não seja tão atraente quanto imaginar a si
mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que
eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito
pessoal ou profissional, como evitar me irritar por
alguma coisa, não continuar neste trabalho ou
manter uma amizade.
Quando estamos em uma dúvida
profunda sobre o que fazer ou quais são nossos
sonhos, temos outra opção: refletir sobre com
quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja
um personagem de ficção. Mais uma vez, isso
funciona como farol, mas volta a nos dar pistas
sobre nós mesmos. Com este exercício,
podemos tirar conclusões que nos ajudem a
aterrissar na realidade e a definir objetivos
concretos.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/
comodefinir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html.
Acesso em: 14 mai. 2021.
Quanto aos elementos de coesão empregados no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Em, “ Primeiro , não devemos confundir nossos sonhos com fantasias.”, o termo em destaque contribui para a ordenação do texto.
B) Em “ Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, o termo em destaque sinaliza um contraste entre sonho e fantasia.
C) Em “[...] o problema é que não sabemos o que queremos.”, o termo em destaque se refere à ação de buscar objetivos, mencionada no período anterior, a qual é vista pela autora como algo negativo.
D) Em “Talvez este exercício não seja tão atraente [...]”, o termo em destaque retoma a informação “pensar naquilo que não queremos”.
E) Em “Mais uma vez, isso funciona como farol [...]”, o termo em destaque faz referência ao excerto “[...] refletir sobre com quem gostaríamos de parecer [...]”.
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