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PortuguêsAnálise sintática (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 221

  • (IBADE 2020)

Texto
Licença poética
De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “ Licença Poética ” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis , de Mário Quintana , que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal , uma vez que o verbo ( sentar ) deve concordar com o sujeito ( Meu primeiro amor ). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]” . Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances , roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua.
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais , que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.
Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica , acesso em fevereiro de 2020

A partir do modo de classificação gramatical, que considera ‘sujeito’ e ‘verbo’ estruturas essenciais, é possível reconhecer que, dentre os períodos a seguir, está indevidamente construído abaixo, expressando somente sujeito o:



A) O aspecto social no qual a atenção às necessidades de todos é priorizado pelos profissionais do serviço social, sempre com a colaboração dos estudantes e ativistas na atitude de ações, contribui para o melhoramento dos usuários.


B) A conexão entre alunos e professores, acerca dos conflitos a respeito das compreensões decorrentes do uso de norma-culta, quando os discentes atingem a fase em que produzem seus diálogos e produções textuais na escola e se consideram independentes e autossuficientes.


C) Crer que cultura é o fundamento sem o qual uma sociedade não poderá integrar-se de maneira crítica e instrutiva na globalização é dever dos municípios, dos estados e, principalmente, do Governo Federal.


D) A instrução sobre regras gramaticais, quando os professores de português obrigavam seus alunos a escrever orações e períodos de textos (imitando o padrão, por exemplo, de “Os lusíadas”), ou de textos de estruturas semelhantes, certamente gerou rejeição ao aprendizado da língua.


E) Ainda que frente aos múltiplos obstáculos, os autores e os musicistas precisam crer que é possível uma nova música brasileira.



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