HistóriaProcesso de independência: dos movimentos nativistas à libertação de portugal
- (IBADE 2020)
“O processo de independência do Brasil é, comumente, datado a partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. A verdade dessa proposição reside, em especial, na montagem pelo príncipe, e depois rei, D. João VI, de um aparelho governativo no Brasil. Tal criação dá -se, por um lado, através da transferência de órgãos portugueses e, por outro, com o surgimento, no Rio de Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, como bibliotecas, um jornal, instituições de fomento. Ao mesmo tempo são substituídos institutos de caráter colonial, como os monopólios e as restrições industriais e comerciais. Por fim, todo o processo é coroado pela assinatura de dois tratados com a Inglaterra, um de Aliança e Amizade e, outro, de Comércio e Navegação, em 1810”. LINHARES, M. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus - Elsevier, 2003, p. 129)
A alternativa que melhor analisa o processo de independência brasileira à luz da historiografia mais recente é:
A) a historiografia recente tem corroborado a tese de uma crise do “Antigo Sistema Colonial”, em que as relações metrópole -colônia são regidas pelo “Pacto Colonial” e seus mecanismos de funcionamento, como o exclusivo comercial; a Independência do Brasil seria um reflexo das contradições internas que levaram à desagregação desse sistema.
B) a relação entre Portugal e Brasil resultava de uma ligação complexa, suficiente para promover a formação de uma estrutura própria na colônia e que não se constituía apenas como reflexos das estruturas europeias.
C) as lideranças paulistas, fluminenses e mineiras entendiam que era grande o risco de desagregação do Brasil e de vitória de forças locais, sob a égide do republicanismo; tais forças representavam a possibilidade de se extinguir a escravidão, assim, uma monarquia grande e forte era a mais importante garantia da “ordem”.
D) o gênio político de D. João VI antevia a possibilidade de independência do Brasil com o acirramento das disputas entre as duas metrópoles, Rio de Janeiro e Lisboa, pelo centro do Império Luso -brasileiro; assim, estrategicamente, garantiu e articulou a permanência do futuro reino junto ao seu filho, mantendo o Brasil sob órbita portuguesa.
E) a independência brasileira, embora articulasse inúmeros interesses internos, comerciais e industriais, esteve desde sempre ligada à figura do imperador; a decisão de separação foi um ato da vontade do príncipe regente, que através de inúmeras demonstrações, foi reafirmando sua brasilidade como o “Dia do Fico”.
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