PortuguêsConcordância verbal concordância nominal (4)
- (FCC 2019)
Pensar e redigir
O aluno diz ao professor que está com “ótimas ideias” para fazer o trabalho, falta “apenas colocar no papel”. O rapaz acha que a passagem da boa ideia para a redação que a sustentará é fácil, ou mesmo automática. É como se o bom conteúdo imaginado garantisse por si mesmo a forma que melhor o expressará. Essa ilusão se desmancha logo na primeira frase: descobre-se que cada palavra empregada fixa-se inapelavelmente no papel, diz somente o que diz, e o mesmo acontece com a ordem das frases que vão chegando, tudo é inapelável, e se apresenta longe de corresponder às “ótimas ideias”.
Não é o caso de desanimar, mas de aprender que é longo o caminho que vai da ideia solta e criativa ao necessário determinismo das palavras. Aprende-se com isso o limite que é nosso, a fronteira onde se detém nossa capacidade de expressão. Esse aprendizado sofrido não deixa de ser um ganho: faz-nos querer alargar os domínios da nossa capacidade expressiva.
Sendo um limite, na sua compulsória particularização de sentido, toda linguagem é também a garantia de alguma forma conquistada; ainda que modesta no alcance, essa forma é mais do que o silêncio que a precedia. O que nos limita é também o que nos define: é o que nos diz nossa linguagem, no espelho da página em que se projeta .
(CRUZ, Aníbal Tolentino, inédito )
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do pluralpara integrar adequadamente a frase:
A) Com os limites da linguagem não ( dever ) surpreender-se quem das palavras espera a fiel expressão de uma ideia.
B) Se a todas as boas ideias ( vir ) sempre a corresponder a melhor expressão delas, não ficaríamos decepcionados com nossa redação.
C) Aos jovens alunos não ( costumar ) ocorrer que as deficiências de uma redação comprometem a qualidade das ideias.
D) Os limites verbais que se ( reconhecer ) na prática da linguagem abrem espaço para algum aprimoramento na expressão das ideias.
E) Do poder das palavras ( resultar ), para os usuários de uma língua, a impressão de que elas sempre traduzem fielmente nossas ideias.
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