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- (VUNESP 2019)
Bom exemplo na saúde
Os bons resultados que estão sendo obtidos por programa de parceria entre hospitais privados de ponta e hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) para reduzir a infecção hospitalar nestes últimos, como mostra reportagem do Estado, são um exemplo de que é possível melhorar o atendimento na rede pública com medidas simples e de custo relativamente baixo.
Em um ano, o treinamento que profissionais de 119 unidades da rede pública de 25 Estados recebem em cinco hospitais privados de ponta já levou a uma redução de 23% das ocorrências de infecção hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de três tipos principais: na corrente sanguínea, no trato urinário e na pneumonia associada à ventilação mecânica. Participam do treinamento não apenas médicos e enfermeiros, mas também – e este é um ponto importante – integrantes das diretorias dos hospitais para facilitar a adoção dos procedimentos como rotina.
Os bons resultados do programa, observados em todas as regiões, levaram o Ministério da Saúde a fixar a meta ambiciosa de redução de 50% da infecção hospitalar na rede do SUS até 2020. Isso significará salvar 8500 vidas de pacientes de UTI. O programa também permitirá, segundo estimativa do Ministério, reduzir R$ 1,2 bilhão nos gastos com internação.
Tudo isso sem fazer reformas e obras na rede pública, apenas redesenhando “o processo assistencial com os recursos disponíveis”, como diz a coordenadora-geral da iniciativa, Cláudia Garcia, do Hospital Albert Einstein. Além de fazer muito com poucos recursos, o alvo do programa foi bem escolhido, porque as infecções hospitalares estão entre as principais causas de mortes em serviços de saúde do mundo inteiro, segundo a Organização Mundial da Saúde.
É preciso ter em mente, porém, que não se pode esperar demais de iniciativas desse tipo. Elas são importantes em qualquer circunstância – porque o bom emprego do dinheiro público, para dele sempre tirar o máximo, deve ser uma regra –, mas têm alcance limitado. Constituem um avanço, não mais do que isso.
(Editorial de 09.09.2018. https://opiniao.estadao.com.br. Adaptado)
Analisando-se os numerais empregados no texto, conclui-se que eles
A) constituem dados relevantes e fundamentam a argumentação favorável à iniciativa de parceria entre os sistemas de saúde.
B) são pouco expressivos na argumentação apresentada, considerando-se que não sinalizam para resultados auspiciosos.
C) orientam a argumentação para a ideia de se gastar menos com a saúde, devendo-se usar o dinheiro de forma menos criteriosa.
D) contrariam a ideia de que o país passa para uma crise econômica, já que se gasta muito em uma parceria entre os sistemas de saúde.
E) sinalizam informações da iniciativa sem, contudo, agregar elementos que mostrem se haverá uma redução de custo que a justifique.
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