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- (UFPR 2019)
“O texto constitui uma mensagem parasita, destinada a conotar a imagem, isto é, a lhe ‘insuflar’ um ou vários significados segundos. Dizendo de outra forma, e isso é uma inversão histórica importante, a imagem já não ilustra a palavra; é a palavra que, estruturalmente, é parasita da imagem; essa inversão tem o seu preço: nos modos tradicionais de ‘ilustração’, a imagem funcionava como um retorno episódico à denotação, a partir de uma mensagem principal (texto) que era sentida como conotada, pois que ele tinha precisamente necessidade de uma ilustração; na relação atual, a imagem não vem ‘iluminar’ ou ‘realizar’ a palavra; é a palavra que vem sublimar, patetizar ou racionalizar a imagem”. (Trecho de “A mensagem fotográfica”, de Roland Barthes).
Ao longo da pesquisa em Comunicação, muitos estudiosos refletiram sobre o discurso das imagens e as formas pelas quais elas foram utilizadas pelas mídias para provocar certos sentidos no receptor. No clássico texto “A mensagem fotográfica”, no qual discorre sobre a fotografia de imprensa, o pensador francês Roland Barthes sustenta que “a imagem não ilustra a palavra; é a palavra que, estruturalmente, é parasita da imagem”. A partir dessa discussão, assinale a alternativa que explica essa ideia.
A) O texto jornalístico nunca deveria ser associado à fotografia de imprensa.
B) A palavra é sempre superior às imagens.
C) O texto sempre mente sobre a imagem.
D) O texto escrito ou falado sempre modifica os sentidos originais de uma imagem.
E) As imagens são sempre mais completas que as palavras.
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