LibrasPapel do intérprete na educação dos surdos
- (COPEVE-UFAL 2019)
Uma pessoa com surdocegueira tende a aprender a usar os sentidos remanescentes ou os resíduos auditivos e visuais a fim de estabelecer um meio de comunicação. Como visto, não necessariamente deve ser diagnosticada a surdez profunda ou severa, muito menos a cegueira aguda ou profunda, mas sim, pode-se caracterizar a deficiência a partir de graves perdas da visão e da audição, levando o sujeito a desenvolver variadas possibilidades para comunicação, favorecendo seu desenvolvimento nas atividades do seu dia a dia, bem como lazer, educação, trabalho e vida social.
Sobre o trabalho de tradução-interpretação para este público, podemos afirmar que:
A) Apesar de não haver uma legislação que contemple este profissional, muitos intérpretes buscam ter uma formação específica para estabelecer um padrão de atuação
B) O intérprete, além de ser um canal de comunicação entre o surdocego e o meio no qual ele está inserido, tem o papel fundamental de compreender a mensagem, extrair o conteúdo linguístico e contextualizar o sentido na língua utilizada pelo receptor, o surdocego
C) O intérprete deve estar previamente ciente das intenções e desejos do surdocego para que, em dada situação que exija uma tomada de decisão, o profissional possa decidir o que pode vir a ser melhor para o surdocego
D) O intérprete deve estar atento às questões relacionadas à comunicação do surdocego, não se atendo a outros pormenores, como a locomoção e interação
E) Não é papel intérprete mediar a comunicação entre surdos e surdoscegos quando os dois sabem Libras, pois esta interação deve ser autônoma, o que fortalece a identidade surda do surdocego
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