FilosofiaÉtica e liberdade
- (CESPE 2011)
Adam Smith observou que o trabalho incorporado em uma mercadoria ou o custo de sua produção correspondente aos salários pagos ao trabalhador era inferior ao trabalho comandado, ou seja, à quantidade de trabalho que uma mercadoria, uma vez vendida, poderia comandar ou comprar. Smith considerava que o lucro decorria das relações entre oferta e procura, sendo criado pelo próprio mercado. Para David Ricardo, o salário gravitava sempre em torno dos seus níveis naturais — isto é, de um mínimo de subsistência fisiológica. Caso, em decorrência da escassez de mão de obra, o salário aumentasse além do nível natural, os operários se reproduziriam de tal forma que a oferta excessiva de força de trabalho deprimiria de novo os salários ao nível natural. Para esse autor, o lucro acabava sendo simplesmente um resíduo — aquilo que sobrava como renda do empresário depois de pagos os salários de subsistência e as rendas da terra. A partir das idéias de seus predecessores, Karl Marx propôs novas ideias a respeito das relações entre trabalho e salário, especialmente, ao analisar a questão do lucro.
Considerando o texto acima, é correto afirmar que Karl Marx
A) nega a relação automática e naturalizante entre lucro e capital investido, insistindo no caráter fetichista da mercadoria.
B) adota abordagem similar à de David Ricardo, ao assumir noções de trabalho da perspectiva biológica.
C) admite, assim como Adam Smith e David Ricardo, que o valor do trabalho é uma grandeza concreta pela qual o operário vende sua força.
D) assume que o salário como forma de remuneração do trabalho é injusto quando o empregador busca o lucro.
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