PortuguêsInterpretação de textos (7)
- (FCC 2011)
Atenção : As questões de números 8 a 15 referem-se ao texto seguinte.
Vivemos na muito alardeada Era da Informação. Por cortesia da internet, temos a impressão de ter acesso imediato a tudo que
alguém poderia querer saber. Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente. Há trilhões e trilhões
de bytes circulando no éter – tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento.
E é precisamente esta a questão. No passado, nós colhíamos informações não só para saber as coisas. Isso era apenas o começo. Nós também colhíamos informações para convertê-las em alguma coisa maior que fatos e, em última análise, mais útil: em ideias que explicavam as informações. Buscávamos não só apreender o mundo, mas realmente compreendê-lo, que é a função primordial das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros.
Karl Marx chamou a atenção para a relação entre meios de produção e nossos sistemas sociais e políticos. Sigmund Freud nos ensinou a explorar nossas mentes como meio para compreender nossas emoções e comportamentos. Einstein reescreveu a física. Mais recentemente, Marshall McLuhan teorizou sobre a natureza da comunicação moderna e seu efeito na vida contemporânea. Essas ideias permitiram que nos desprendêssemos de nossa existência e tentássemos responder às grandes e atemorizantes questões de nossas vidas.
Mas se a informação foi um dia um alimento de ideias, na última década ela se tornou sua concorrente. Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato. Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. As ideias são tão etéreas, tão pouco práticas, trabalho demais para recompensa de menos. Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal.
[Neal Gabler (The New York Times, trad. de Celso M. Paciornik), A22, Internacional. O Estado de S. Paulo, 21 de agosto de 2011, com adaptações]
Isso era apenas o começo.(2º parágrafo) O sentido da frase acima reitera, no texto, o fato de que
A) o conhecimento da história deveria permitir aos cientistas a reformulação de suas hipóteses, nem todas devidamente comprovadas no decorrer do tempo.
B) a compreensão do mundo atual, movido por um enorme conjunto de informações transmitidas virtualmente, está além de qualquer tentativa de explicação teórica.
C) as teorias que explicavam o mundo perderam parte de sua utilidade diante do avanço vertiginoso da tecnologia, que permite acesso imediato a todas as informações.
D) a assimilação de informações, no passado, era o ponto de partida para a formulação de teorias no sentido de explicar o mundo, o homem e as relações sociais.
E) a utilização da imensa quantidade de informações trazidas pela internet tornou o homem mais capacitado a repensar as grandes questões da vida moderna.
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