PortuguêsCoesão e coerência
- (VUNESP 2018)
Leia o texto para responder a questão.
Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030
A elite política e econômica global está preocupada com
o futuro do trabalho.
Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais,
as transformações do mercado de trabalho também
ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7 milhões de
trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.
No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico
Mundial prevê a perda de 7,1 milhões de empregos,
principalmente aqueles relacionados a funções administrativas
e industriais.
A avaliação de especialistas da área é que o mercado de
trabalho passa por uma grande reestruturação, semelhante à
revolução industrial. A diferença é que agora tudo acontece
muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais
cresce a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
A mudança é positiva na medida em que libera profissionais
de tarefas monótonas, que, por sua vez, podem ser
feitas com maior rapidez e eficiência quando automatizadas.
“A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos
terão que envolver qualidades humanas, como criatividade”,
afirma José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional
da OIT para a América Latina e Caribe. “Isso soa muito
legal, mas a questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas
serão gerados?”, questiona.
Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem
pouca qualificação e de criação de um número menor
dos que exigem muita, a tendência é de aumento da desigualdade,
alerta a OIT.
O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa
e média renda vai gerar desemprego e pressionar para baixo
o salário das que restarem, diante da massa de pessoas
buscando trabalho.
“Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor
qualificação, em termos do impacto da tecnologia. Essas
pessoas não são realmente alfabetizadas digitais, e não terão
oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles
serão deixados para trás e terão uma empregabilidade muito
pequena”, diz Salazar-Xirinachs.
(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo . http://www1.folha.uol.com.
br/mercado/2018/01/1951904-16-milhoes-de-brasileiros-sofrerao
-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
Considere a seguinte passagem do texto:
“A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver qualidades humanas, como criatividade”, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. “Isso soa muito legal, mas a questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?”, questiona.
Nessa passagem, faz-se referência a
A) um empecilho para a substituição de homens por máquinas, o que assegura que a geração de postos de trabalho não será afetada no contexto da automação.
B) um atributo exclusivo dos humanos, apresentado como suficiente para lhes garantir uma colocação no mercado de trabalho no contexto da automação.
C) uma característica que diferencia os homens das máquinas, embora se coloque em dúvida se ela será suficiente para lhes garantir trabalho no mercado futuro.
D) uma vantagem humana sobre as máquinas, para refutar a ideia de que os homens possam ser prejudicados pela automação no mercado de trabalho.
E) uma característica responsável pelo aumento da demanda por operários humanos no contexto da automação, visto que não pode ser assimilada por máquinas.
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