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PortuguêsSignificação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. (5)


EXERCÍCIOS - Exercício 295

  • (VUNESP 2013)

Ciência e arte
“The Age of Insight" é um livro impressionante. Eric Kandel é um neurocientista de primeira. Já fora agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina em 2000 por seus trabalhos sobre a fisiologia da memória. Mas, em vez de escrever sobre axônios e dendritos, preferiu debruçar-se sobre a arte, mais especificamente sobre o modernismo vienense, e o resultado é uma obra de fôlego, tanto do ponto de vista da estética como da ciência.
Kandel, ele próprio um vienense expatriado, fala com propriedade do ambiente cultural que reinava na capital austríaca na virada do século 20. Uma das teses do autor é a de que, assim como a física de Newton inspirou o iluminismo, a biologia de Darwin está na base do modernismo.
Kandel destrincha escritos de Sigmund Freud e Arthur Schnitzler e as pinturas de Gustav Klimt, Oskar Kokoschka e Egon Schiele, para mostrar como as ideias inicialmente surgidas na Escola Médica de Viena acabaram engendrando um movimento artístico cujas influências perduram até hoje - e não apenas na arte.
Freud e Schnitzler beberam dessa biologia médica para forjar as noções de inconsciente e sexualidade em seus contornos modernos. Klimt, Kokoschka e Schiele deram tradução pictórica a esses conceitos. Mas Kandel não se limita a contar essa história. Ele também escarafuncha nossos cérebros para revelar os mecanismos neuronais da visão e da percepção que esses pintores exploraram tão bem, ainda que não tivessem tanta clareza sobre seu funcionamento.
E que não temam os puristas. As análises de Kandel, apesar de recheadas de boa ciência, lembram mais escritos de grandes historiadores da arte como Gombrich e Panofsky do que as anódinas descrições técnicas dos periódicos científicos. Kandel consegue com felicidade juntar arte, história e ciência numa obra. É um daqueles raros livros que mostram que ciências e humanidades são perfeitamente conciliáveis.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 06.10.2013)

Uma das qualidades do livro de Eric Kandel destacadas por Hélio Schwartsman é;


A) o fato de o neurocientista abordar temas que são incompatíveis com a ciência, como a história e a arte


B) a clareza com que o neurocientista explica a influência que a arte vienense exerceu sobre a Escola Médica de Viena.


C) a maneira como o neurocientista relaciona estética, história e ciência ao tratar do modernismo vienense.


D) a originalidade em demonstrar como as ideias de Newton exerceram influência direta sobre os pintores modernistas


E) a precisão das descrições técnicas do neurocientista, que confere maior credibilidade às teorias iluministas.


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