PortuguêsFiguras de linguagem
- (FUNRIO 2014)
A questão tomará por base o seguinte texto, que inicia o capítulo XIII do romance Palha de Arroz :
O “Piauí”, um dos mais antigos vapores do Brasil, mas que ainda se arrastava por aquelas águas, abriu a torneira da goela dentro do silêncio da noite. Vinha descendo o rio. Vinha chegando. Noite escura de se meter o dedo no olho. Sem luz elétrica. Sem lua. Apenas as estrelas tremendo, piscando que mais piscando o olho lá nas alturas dos confins do céu. Um marinheiro velho, porco d’água veterano, que aliás estava de quarto, explicava, com tonalidade insinuante, a certo passageiro:
– Quando não há lua, não quem conte as estrelas. No céu também é como na terra: quando os grandes se afastam, os pequenos folgam.
Teresina já se aproximava. Mas ninguém via sequer sinal de cidade. Escuridão. Nem lua, nem luz elétrica. Trevas puras. Noite mesma.
O vapor velho apitando dentro do pretume da noite. Conceição se aproximando de Teresina, pensando nas desgraças da vida. Para ela, não estava ali com tantos passageiros. Estava só.
(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz . Teresina: Corisco, 2002, p. 97)
Ao dizer que o barco “abriu a torneira da goela dentro do silêncio da noite”, o autor utilizou uma imagem alegórica que tem base
A) depreciativa.
B) eufemística.
C) idílica.
D) irônica.
E) metafórica.
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