PortuguêsPronomes relativos
- (UFU-MG 2018)
A extinção do “cujo”
“Cujo”? Ninguém mais diz “cujo”.
“Outro dia, alguém que acabei não anotando o nome...” em vez de “cujo nome acabei não
anotando” é o tipo de construção dominante.
Acrescente-se um dado histórico. Livros de história da língua atestam usos como “Cuja [de
quem] sõ estas coroas tã esplandecentes?” e “Cujo [de quem] filho és?”, estruturas que não são usadas
nem mesmo por aqueles (como eu), que ainda empregam “cujo”.
Ou seja, sua história é bem mais longa e complexa do que pode parecer a quem simplesmente
defende “cujo”. Ou seja: defendem empregos bem mais atuais do que os atestados na história mais
antiga, cujos empregos não defendem mais…
O que este caso ensina?
Que as mudanças que ocorrem diante de nós podem parecer decadência, mas esta sensação
não afeta as novas gerações, assim como as velhas gerações não lamentam o desaparecimento dos
antigos empregos de “cujo”.
POSSENTI, Sírio. In: Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Segmento. Ano 9, Nº 100, mar. 2014, p. 26.
Assinale a alternativa que exemplifica uma construção em que, conforme o texto citado, ou seja, segundo a norma padrão, deveria ser utilizado o pronome “cujo”.
A) O pai que teve o filho operado está aguardando notícias.
B) Este é o livro que falei ontem.
C) Gostei da aula que você ministrou para nossa turma.
D) A equipe que o resultado for melhor terá financiamento.
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