Medicina do trabalhoDoenças ocupacionais
- (UFLA 2014)
LCF, sexo masculino, branco, 44 anos, 3º grau completo, gerente de banco, separado, um filho. Há três anos, LCF sofreu um assalto na agência bancária onde era gerente administrativo: quatro homens armados, um deles com uma granada, entraram no banco, ameaçaram-no e agrediram-no fisicamente. Nos dias subsequentes, para conseguir trabalhar, passava na roleta da agência e voltava várias vezes, muito sobressaltado, tremia e sentia calafrios. Emagreceu 12 kg em 2 meses. Desde então, não consegue mais permanecer em locais fechados nem utilizar elevador, mesmo tendo de subir mais de dez andares. Passou a sentir-se em permanente estado de alerta, com a impressão de estar sendo seguido ou de que poderia acontecer-lhe alguma coisa a qualquer momento. O coração fica acelerado, tem dificuldade de respirar e tem mal-estar. Relata que tem pesadelos frequentes sobre o assalto e temas relacionados. Após o assalto, ficou descuidado com a aparência, distanciou-se de amigos e familiares, não sai de casa, tem crises de choro, dificuldade de concentração e ideação suicida. Tem pesadelos e não consegue mais dirigir. Faz tratamento psiquiátrico e psicoterápico (terapia cognitivo-comportamental) e está em uso de cloridrato de fluoxetina 40 mg/dia, mirtazapina 30 mg/dia, alprazolam 3 mg/dia, risperidona 2 mg/dia, flurazepam 30 mg/dia e tratamento de hipertensão arterial sistêmica e prolapso de valva mitral.
Fonte: BUCASIO, E. et al. [Nome da doença]: relato de um caso. Rev. Psiquiatr. Rio Gd. Sul 2005; vol.27, n.1, pp. 86-89 (Adaptado).
A hipótese diagnóstica no caso apresentado é:
A) Sofrimento Mental
B) Depressão exógena
C) Síndrome de Burnout
D) Transtorno do Estresse Pós-Traumático
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