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- (INSTITUTO AOCP 2014)
Uma tomatada no colesterol
Cientistas constatam que o tomate combate as
consequências do excesso de gorduras no sangue
Mônica Tarantino
A medicina procura incansavelmente opções para proteger o organismo dos danos impostos pelo colesterol elevado, como o risco aumentado de ter um acidente vascular cerebral (AVC). Uma das alternativas pode ser o consumo de porções mais generosas de licopeno, um nutriente encontrado em boas quantidades no tomate cozido (o calor aumenta sua biodisponibilidade) e em vegetais vermelhos. A conclusão é de um grupo de cientistas da Universidade do Leste da Finlândia. Eles mediram os níveis de licopeno no sangue de 1031 homens com idades entre 46 e 65 anos e constataram, depois de mais de uma década de acompanhamento, uma redução de até 59% nas chances de AVC entre os voluntários da pesquisa que mantiveram níveis mais elevados da substância.
A diminuição observada pelos pesquisadores foi atribuída à ação antioxidante do licopeno, capaz de preservar as moléculas do colesterol e outros tecidos dos estragos promovidos pela elevação da quantidade de radicais livres (moléculas responsáveis por uma espécie de enferrujamento dos tecidos) no organismo. “Uma dieta rica em frutas e vegetais está associada a menor risco de derrames cerebrais”, concluiu Jouni Karppi, coordenador da pesquisa com o licopeno. O levantamento finlandês não avaliou, porém, quanto tomate é necessário comer para usufruir da salvaguarda cardiovascular e tampouco os riscos dos agrotóxicos usados para seu cultivo. Um dos motivos pode ser o fato de que os países escandinavos estão entre os maiores produtores, consumidores e exportadores de comida orgânica, cultivada sem agrotóxicos.
O tomate também pode elevar o bom colesterol. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram um tipo geneticamente modificado para conter um peptídeo chamado 6F (uma parte da proteína), presente na fração boa do colesterol humano. Em laboratório, ratinhos alimentados com esse tomate rico em 6F apresentaram níveis mais altos de colesterol bom, menos aterosclerose (acúmulo de placas de gordura no interior das artérias) e menores quantidades de ácido lisofosfatídico, uma substância que pode acelerar a formação das placas nas artérias em modelos animais. “Como os limites do colesterol considerados seguros são cada vez mais baixos, estudos como esses só reforçam a ideia de que a comida pode ser uma excelente aliada nessa batalha. É algo que as pessoas precisam lembrar todo dia na hora de fazer o prato”, observa o cardiologista Múcio Oliveira, do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo.
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D) por – ções.
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