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PortuguêsSignificação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. (2)


EXERCÍCIOS - Exercício 144

  • (FCC 2016)

Atenção : A questão refere-se ao texto seguinte.

Pensar o outro

A expressão “colocar-se no lugar do outro” é antes um clichê da boa conduta que uma prática efetivamente assumida. É mais fácil repetir a fórmula desse pré-requisito para uma discussão consequente do que levar a efeito o que esta implica. Quem, de fato, é capaz de se colocar no lugar do outro para bem discernir um ponto de vista alheio ao seu? Qualquer pessoa que, por exemplo, frequente as redes sociais, sabe que, numa discussão, os argumentos de um contendor não levam em conta a argumentação do outro. Em vez de se contraporem ideias em movimento, batem-se posições já cristalizadas. A rigor, não há propriamente confronto : cada um olha apenas para si mesmo.

Há a convicção de que aceitar a razão do outro é perder a própria. Por que não avaliar que o exame dos argumentos alheios pode ser uma forma de fortalecer os nossos? E se os nossos forem de fato mais fracos, por que não abdicar deles, acolher a verdade que está do outro lado e fortalecer-nos com ela? A dinâmica de um debate deve admitir o pensamento crítico, que é, e deve ser sempre, um pensamento disposto à crise . A vida não para de nos mostrar que é com os momentos críticos que mais aprendemos. Colocar-se no lugar do outro inclui a possibilidade de querer ficar nele: por que não admitir que a razão pode estar do outro lado? Negar o outro é condenar-nos à imobilidade – essa irmã gêmea da morte.

(MELLO, Aristides de, inédito )


A resolução de efetivamente “colocar-se no lugar do outro”constitui,


A) por vezes, uma demonstração de fragilidade que pode ser estrategicamente adequada em determinadas situações.

B) quase sempre, uma abdicação da própria razão, em virtude da superioridade da razão alheia.

C) a princípio, a disposição real de levar em conta o argumento alheio, sem predisposição negativa.

D) em princípio, a desconfiança de que nossas convicções são na verdade frágeis, e é preciso reformulá-las.

E) frequentemente, uma iniciativa necessária para aquele que precisa confirmar a fragilidade da posição alheia.


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