PsicologiaSaúde mental
- (COPESE - UFPI 2016)
Assinale a opção INCORRETA
A) A interconsulta psiquiátrica, na concepção de Schmitt e Gomes (2005), teria por funções prover assistência específica a pacientes acometidos por transtornos mentais, priorizar uma forma de trabalho centrada no paciente e não na doença, colaborar na abordagem psicossocial do paciente, auxiliar na tarefa de ensino e pesquisa e aproximar os profissionais de saúde mental de outras especialidades da área da saúde. De acordo com os autores, a interconsulta compreende uma atividade interprofissional e interdisciplinar. Por sua vez, Guerreiro et al. (2009) descrevem a interconsulta em saúde mental como uma tentativa de integração das dimensões biológica, psicológica e social, possibilitando uma intervenção diferenciada e estruturada na avaliação, diagnóstico e tratamento dos aspectos psicológicos que interferem na experiência do adoecimento.
B) No caso da clínica com pessoas não-heterossexuais, um grande cuidado a ser tomado é a percepção da cristalização de uma identidade. Gibson fala que na busca de um "si" fundamental e imutável, não-vazio, o sujeito cristaliza uma dessas microidentidades, que se torna forte e se impõe em todos os micromundos, impedindo a emergência de outras microidentidades. O vazio do si perde então sua qualidade de produtor de efeitos, pois está preenchido com uma microidentidade enrijecida.
C) Freud (1898/1976), ao tratar da aplicabilidade da teoria psicanalítica, faz algumas objeções. Afirma que a Psicanálise não é aplicável a jovens ou adultos considerados débeis ou incultos mas não fracassa com idosos, uma vez que apresentam um acúmulo de material psíquico que demandaria muito tempo para ser trabalhado.
D) Na psicologia clínica lagachiana, três postulados deveriam nortear a interpretação dos dados: dinâmico — a investigação dos conflitos, no sentido freudiano; interrelacional — interação do indivíduo e do meio), considerando a totalidade inacabada do ser segundo um modelo sartriano; e genético — apreensão da história de um sujeito em termos de evolução e resultado global.
E) Ao examinar o uso da expressão clínica social, mediante uma perspectiva histórica, Ferreira Neto (2003) afirma que seu uso se inicia, em nosso país, na década de 80, em associação a uma série de transformações, não só nessa área, mas na Psicologia como um todo. Embora, desde a década de 70, já houvesse, no Brasil, práticas e grupos "psi" engajados em práticas sociais e com reflexões políticas acerca do que faziam, é necessário frisar que essa postura não atingia o campo da clínica, que se apresentava, de maneira geral, apolítica e distante das questões sociais. Em 1984, com a abertura política, inicia-se o questionamento da neutralidade da clínica, através da ampliação do conceito de política e da constatação da força dos movimentos sociais. Essas alterações confrontam a idéia dominante na prática clínica, até então definida como atividade liberal e privada, que se desenvolvia junto às classes médias e altas.
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